sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Eu a olho, a olho como se fosse a minha coisa favorita. Ela não faz ideia que nesse exato momento enquanto ela fecha os olhos e canta, me encanta com esses semitons, é como aquele episódio de “Eu, a patroa e as crianças” que o Franklin está loucamente apaixonado pela Cady que chega até a achar que ela canta maravilhosamente bem. Dizem que a beleza esta nos olhos de quem vê, começo a acreditar que isso funcione também com vozes e ouvidos. Essa é a primeira vez que estou apaixonada e em paz ao mesmo tempo, depois de tantos altos e baixos me encontro em equilíbrio mental e sentimental, em algum lugar que nem eu mesma sei onde é, mas sei que é puro pelas coisas que penso quando se trata dela, pelas coisas que sinto, que sonho. A vontade é de chegar, coloca-la contra a parede e lhe dizer milhares de vezes “Nunca mais pronuncie o meu nome, nunca mais me olhe com esses olhos, nunca mais chegue tão perto, nunca mais diga que sente saudade, nunca mais divida seus fones de ouvido comigo” na verdade, eu diria o oposto disso tudo, pois eu sinto uma vontade constante de não perder nada ali. E todos os dias ela faz tudo sempre igual e eu todos os dias estou nesse mesmo lugar com uma agulha, um pedaço de linha e com os olhos sempre esperançosos, na espera por uma brecha, e assim então me costurar pedacinho por pedacinho dentro daquele coração. Sonhos já não me são suficientes. Hoje senti meu coração acelerado, minhas pernas não me obedeciam e minha razão já nem existia mais, eu quis beija-la. Querer não é poder e eu entendo, mas lembrei de um dia que sem querer a ouvi dizer em voz alta: “um não a gente já tem” e era isso um não eu já tinha, mas queria o talvez, queria o sim, queria aquilo tudo pra mim. Eu não sei explicar, mas é o que dizem: Quando o fluxo é perfeito vai girando feito um carrossel!

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