terça-feira, 6 de dezembro de 2011

As cinco

Acordei as cinco da manhã com um pesadelo horrível de que entravam na minha casa e batiam na minha mãe, acordei chorando e fui praticamente obrigada a deitar um pouquinho na minha sacada pra olhar o céu e esquecer, o céu por sinal estava lindo. Fiquei quase meia hora olhando para o céu e observando como ele mudava de cor conforme as horas passavam e quando não estava pensando sobre Deus me dar um sinal do que  sera daqui para frente, eu estava lembrando daquele sorriso, aquele que eu tenho lembrado desde muito antes de te-lo a três centimetros dos meus olhos, e que saudade meus olhos tem do mesmo. Sempre acontece de fechar os olhos e imaginar um mundo, tenho sorte de ter uma imaginação tão fértil, mato a saudade sempre que é preciso só deixando que meus cílios se juntem uns nos outros, mas o bom mesmo era juntar meus cílios nos seus  e ficar pensando o por que daqueles olhos serem tão claros. Quando olho alguém muito de perto, sempre acabo ficando com a visão meio embaçada, outrora parece que vou chorar, mas eu não parava um segundo só de te olhar. Se meus olhos embaçassem, meu coração saberia que era você ali meio desfocada. Se eu começasse a lagrimar, te diria que era de felicidade (e mesmo que não fosse por aquele motivo, la no fundo te olhar sempre foi uma felicidade dessas das grandes) Como aquela vontade que as pessoas tem de comer um chocolate meio amargo, ou aquela que outras pessoas tem de escutar uma musica na balada... Era descomunal, viciante. E por que você só não foi como eu gostaria que você fosse? Por que você não adorava os livros, os filmes, os animais e gostava de abraçar sem pedir? Por que não gostava de segurar na mão e dizer coisas bonitas baixinho na orelha esquerda? SÓ PRECISA SER NA ESQUERDA. Por que você me beijava e tinha pena de morder meu lábio inferior? Eu não ligo, não ligaria se fosse você. Só era preciso companhia pra filmes em preto e branco, alguns livros espalhados pela casa, algumas palavras bonitas até que um arrepio subisse pelo dedinho do pé, mordidas, abraços, amasso... Você poderia ter sido sorvete, mas quis ser café... um dos mais amargos que já provei e então você descobre que cada parte da língua te faz sentir um gosto diferente, cada pessoa na língua tem um gosto diferente, nem um é igual. Na sua eu não era suficientemente doce, na minha eu nem lembro que gosto você tinha. Então esta de manhã já, irei para a cama pois já esqueci do pesadelo.

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